Untitled

Sempre fui muito curiosa pra saber a reação e o que sentiram as pessoas que presenciaram as mortes de grandes ídolos mundiais. Como foi dada a notícia e o que aconteceu após a morte de Elvis, de Lennon, de Marylin... O que as pessoas comuns sentiram diante do fato, como reagiram e tudo mais. Parece meio mórbida essa curiosidade, mas eu julgo como sendo uma negação ou descrença da minha parte de que isso possa acontecer.

Meus amigos mais íntimos conhecem a minha teoria do Universo Paralelo, onde afirmo que existe um espaço onde transitam as pessoas comuns e, num espaço à parte, habitam os grandes ídolos e mitos. Ficam chocados quando digo que existe um grupinho de "criaturas" que eu não gostaria de conhecer pessoalmente, mesmo se tivesse essa oportunidade, exatamente por tê-los colocado num patamar tão mágico que, ao conhecê-los, todo esse sonho poderia desmoronar e eles seriam rebaixados à condição de seres comuns.

O mito nunca deve ser tratado ou encarado como ser comum. A estrela do mito é maior! Não diminuo com essa afirmação a importância do ser comum, apenas ressalto o poder indiscutível do mito. O mito que cativa, o mito que mobiliza, o mito que transforma!

Ontem tive a chance de matar minha curiosidade. E o sentimento é ruim, triste e angustiante. Fica o tempo todo a esperança de que tudo seja mentira, um golpe de marketing ou um engano médico. E o pior é que, certamente, é uma sensação que vai nos perseguir por toda a vida: primeiro porque nos lembra que o ser humano é frágil e que temos sim a nossa hora e o nosso meio de partir e segundo, porque como temos a certeza de que o mito nunca morre, ficará sempre em nossos corações a angústia da espera pelo retorno. O mito sobrevive sempre! Elvis não morreu! Michael Jackson também não!!!